quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desilusão

Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.Florbela Espanca

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Por timidez

Por timidez deixei de fazer muita coisa
Mas por estupidez, já ouvi muito mais
Por timidez já deixei para trás muitas coisas
Mas por orgulho, já deixei muito mais
Por timidez já deixei de lado coisas muito importantes
Mas por burrice, já deixei muito mais
Por timidez deixei de dizer a alguém que gostava dela
Por timidez fiz com que o tempo passasse rapidamente e não olhasse mais para atrás
Por timidez perdi amigos
Por timidez fiz inimigos
Por timidez já errei demais
Mas por superação já acertei muito mais
Por timidez não se tira um retrato
Por timidez se alcança o abstrato
Faz-se de um mundo sem cor e vazio
Um mundo colorido de azul... não sombrio!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tenho saudades de mim!

Por vezes confunde-se o bem-estar com o estar bem.
Confunde-se a felicidade com pequenas alegrias.
Confundimos ansiedade com um desespero escondido.
Forçamos um sorriso onde devia de existir uma lágrima.

Abraçamos uma almofada ao dormir,
Mas somente queríamos ser abraçados ao deitar.
Abrimos os olhos ao amanhecer,
Mas há dias que queríamos que o sol não nascesse.

Olhamos para o vazio de uma casa
E pensamos como seria se fosse diferente.
Uma casa repleta de sons e odores
Mas no fundo, felizes por estarmos em silencio.

Olhamos para o espelho e pensamos que não somos quem vemos
Aquele corpo não nos pertence.
Não reconhecemos as formas que nos cobrem.
Aquilo que vejo não sou eu!

Eu sou como me vejo
Sempre que fecho os olhos.
O corpo que sinto existir debaixo deste manto que cobre o meu
Apenas reconheço alguns traços do meu rosto.

Tenho medo de desaparecer dentro de mim mesma
Perder o poder de quem eu sou
Deixar de ser a mulher que sempre fui
E cada vez a sinto mais distante.

Não deixes perder-me dentro de quem estou a transformar-me
Porque não gosto daquilo que sou actualmente.
Tenho saudades de mim
Tenho saudades do meu sorriso e da força do meu viver.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Amizade

A minha inspiração não acabou, mas sem duvida que o pequeno texto que se segue explica na perfeição sentimentos que nem sempre soube expor!

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.(...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.Deles não quero resposta, quero o meu avesso.(...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.(...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem eu sou.Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

sábado, 25 de setembro de 2010

A VIDA - Poema Lírico de Emile Brontë

A vida, acredita, não é um sonho.
Tão negro quanto os sábios dizem ser.
Frequentemente uma manhã cinzenta
Prenuncia uma tarde agradável e soalhenta.
Às vezes há nuvens sombrias
Mas é apenas em certos dias;
Se a chuvada faz as rosas florir
Ó porquê lamentar e não sorrir?
Rapidamente, alegremente
As soalhentas horas da vida vão passando
Agradecidamente, animadamente
Goza-as enquanto vão voando.
E quando por vezes a Morte aparece
E consigo o que de Melhor temos desaparece?
E quando a dor se aprofunda
E a esperança vencida se afunda?
Oh, mesmo então a esperança há-de renascer,
Inconquistável, sem nunca morrer.
Alegre com a sua asa dourada
Suficientemente forte para nos fazer sentir bem
Corajosamente, sem medo de nada
Enfrenta o dia do julgamento que vem.
Porque gloriosamente, vitoriosamente
Pode a coragem o desespero vencer.

Emile Bronte, 1818-48

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

To jff.kika

Por vezes as coisas más acontecem porque damos tudo como garantido e não valorizamos o que nos rodeia.
As vezes ao perder ou a estar a um passo de deixar de ter algo ou alguém, é uma forma que o destino, Deus ou a vida tem de nos chamar a atenção para agradecer diariamente o que temos.
Nada é realmente garantido.
Na realidade não temos nada a que podemos chamar de nosso. O que agora temos, não sabemos se teremos daqui a umas horas. Há coisas que são imprevisiveis e não podemos contar apenas com a nossa sabedoria. Já pensaram bem que se olharia para a vida de uma forma completamente diferente, ao sabermos que era a ultima vez que veriamos esta ou aquela pessoa?
Que iriamos ter a ultima possibilidade de ter isto ou aquilo?Não tratariamos as coisas de forma diferente?
A infelicidade não tem nada a ver com uma força exterior, mas sim com o que permitimos que aconteça a nos mesmos.
Hà coisas que são controlaveis (a maldade humana) ...outras não!

sábado, 11 de setembro de 2010

Se não gostar de mim…quem gostará?

A felicidade depende apenas de nós próprios.
Isto é um facto.
A maioria de nós pensa que para ser feliz precisa de ter isto ou aquilo. São apenas complementos.
A verdade é que nada do que possamos ter de palpável, nos trás felicidade.
Pode trazer bem-estar e satisfação momentânea, mas não nos faz feliz.
A verdade é que, procuramos a felicidade tanto em bens materiais como também nas pessoas que nos rodeia. Na sua maioria, nos nossos companheiros de viagem para a vida.
Esquecemos que enquanto não nos sentirmos em paz connosco e enquanto não nos sentirmos bem na nossa própria companhia, não podemos fazer ninguém feliz. Depender de outra pessoa para nos dar a felicidade que procuramos é um erro, porque nunca a iremos fazer verdadeiramente feliz também.
É um acto de puro egoísmo.
Primeiro, devemos nos encontrar. Nos conhecermos enquanto ser humano com defeitos e qualidades. Aprendermos a lidar com tudo o que nós somos e aceitar quem nós somos na mais ínfima verdade.
Após atingir parte deste patamar de auto conhecimento, estamos mais preparados para poder aceitar quem faz parte da nossa vida (ou fará).
Se formos bons aprendizes de nós mesmos, iremos ficar mais humildes e aceitar que todos somos feitos de qualidades e defeitos. Esta é a equação da vida que diferencia os adultos dos eternos adolescentes.
O Mundo não gira em nosso redor. É necessário aprender a conhecermo-nos para nos presentear com a felicidade.Não devemos sobrecarregar ninguém com essa responsabilidade.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nascidos num outro ventre, sinto que são meus.

Recordo os seus caracóis de menina, pequenos e doirados mas muito longos caídos sobre um velho sofá e no outro canto precisamente o oposto. Caracóis longos e mais suaves de cor escura. Num sofá individual, o pequeno corpo de um rapaz confundia-se no tamanho enorme de uma fralda…também o seu cabelo era negro e denso.
De fartos caracóis loiros, dava os seus primeiros passos apoiada. Parecia uma bonequinha de porcelana com as suas faces coradas, de pele clara e lábios como o botão de uma rosa pequena.
Morena de beleza exótica, era sua irmã. Tão bela e doce. Seus olhos rasgados, de um castanho achocolatado, distraia o olhar do seu sorriso simpático e cativante. Também sua boca parecia uma rosa beijada pelo orvalho. Toda esta beleza era também recebida pelo irmão mais novo. Moreno como a anterior de lábios carnudos, combinava na perfeição com os seus olhos amendoados e sua pequenez dava uma vontade enorme de o abraçar no colo sem nunca mais o deixar. Hoje o mais belo dos adolescentes!
A beleza de tais crianças, enterneceu o meu coração de tal forma, que hoje os amo como meus!
Durante muito tempo, estas crianças viveram experiências extremamente negativas por erros impensáveis de adultos, em que faziam valer os seus direitos expondo estas crianças aos mais hediondos crimes morais alguma vez presenciados. Muitos deles guardados em segredo pela vergonha que os acompanha. Passaram dificuldades que muitos adultos nunca na vida passaram e dos quais tentei evitar, mas nem sempre com sucesso. Por vezes ao saber, já era tarde.
Mas embora ninguém tenha compreendido na altura o porquê da minha presença em tal situação, dessaseis anos depois, o resultado está a vista. O mau progenitor na altura, tornou-se o bom, o presente tornou-se ausente num continente distante e eu sempre presente de uma ou outra forma. Engoli o meu orgulho, para os encorajar e aproximar do actual progenitor e tento compensar o que o ausente não consente. Hoje depois de tanta experiência vivida destas crianças, devemos dar valor ao que são actualmente. Pessoas carinhosas e que apesar de cada um ter a sua personalidade distinta, são o melhor que o Mundo tem. A definição da nossa personalidade não está na forma que nos mostram que a vida é, mas sim na forma como podemos olhar para ela e acreditar que, com muita força de vontade, o nosso futuro pode melhorar. Um dia temos pão e no outro não. Mas com muito amor do nosso lado, por maior que seja a dificuldade á sempre que olhe por nós!
Amo-vos muito, filhotes da tia!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Guerreira citadina!

Dedicado a uma amiga especial, que vive um tumulto de amor!

Era uma vez uma guerreira, que durante o desbravar de uma luta, conheceu alguém especial que a levou a conhecer um nível transcendental de amor.
Essa guerreira que tanta força teve para ultrapassar as dificuldades e baixas dessa luta que ultrapassava, tornou-se mais forte sem se aperceber dessa força que ganhava diariamente. Esse alguém especial que a guerreira conheceu, bonito, intenso e cheio de vida, deu-lhe o amor e fê-la sentir-se mulher pela primeira vez. Desejada com uma intensidade brutal, marcou de desejo e prazer todos os momentos da sua vida.
O tempo foi passando e o apoio recebido pelo amor que a guerreira pensava ser especial, desmoreceu. A loucura ganhou um novo sentido na relação e o que era intenso e saudável, tornou-se na nova luta da guerreira.
Agora, embora o amor que sentia ainda estava firme, a guerreira sentiu na sua alma e na sua pele, que embora contra sua vontade e para manter a sua segurança, teria de se afastar do seu amor.
Neste sentido começou uma nova luta.
A dor da razão contra a do coração.
E o amor especial dessa mesma guerreira, por sofrer de uma doença que nem ele mesmo acredita ter, vive todos os seus pesadelos de forma real.
A guerreira citadina, trava agora a luta pela sua vida. O amor tornou-se o seu maior inimigo, mas o coração guerreiro luta tanto pela sobrevivência como para deixar de amar.
A ela dedico este tributo.
Ela é alguém a quem devemos seguir como exemplo. Por tantas mulheres que se deixam acomodar pelo amor que a partida já sabem que só se irá tranformar em dor e talvez no maior pesadelo da sua vida.
Esta guerreira citadina, escolheu a sua felicidade.
Quantas mais de vós fará o mesmo?

sábado, 21 de agosto de 2010

O meu primeiro amor.

Quando se é criança, vivemos inevitavelmente a ilusão do nosso primeiro grande amor.
A paixão toca-nos pela primeira vez e descobre-se o que se pensa ser o amor da nossa vida. Algo que se repete com sentimentos contraditórios durante o desenvolver da nossa personalidade e carácter. Um misto de dor e prazer.
Nessa fase em que o amor nos toca pela primeira vez e nos conquista o coração, marca-nos definitivamente para o resto da vida. O coração acelera sempre que o pensamento volta ao passado e o coração fica apertado ao pensar como seria se…. Há sempre um se…!
Mas o Mundo é redondo e todos nos voltamos a reencontrar. Sendo que essa possibilidade se torna mais real quando se vive num pais tão pequeno como o nosso. Sendo que essa possibilidade também se torna mais real quando não se perde a totalidade do contacto, embora cada um siga a sua vida e mantenha um carinho difícil de explicar.
Passam-se anos e nem se sabe bem como, e recebe-se uma chamada inesperada com um convite para um café!
O que era a paixão adormecida dentro de nós, reacende a chama inesperada e a simplicidade de um café, torna-se no mais explosivo sentimento alguma vez sentido. Onde se sente a estúpida coragem de voltar costas a tudo o que conhecemos até aquele orgasmico momento em que nos beijam novamente!
Renasce-se!
Mas como todos os sonhos vividos, algum tempo depois vemos que afinal a realidade instala-se e a pessoa que um dia amamos, também cresceu e tornou-se adulta, tal como nós.
Ganhamos a estranha consciência que afinal quem amamos foi a criança que existiu e não o actual adulto, cheio de segredos e amores mal resolvidos. Onde o seu corpo ainda é partilhado com esta e aquela pessoa, por não saber a quem pertence.
Há pessoas que devem manter-se no nosso passado. Pertencer ao passado significa isso mesmo. Não devem fazer parte do nosso presente. Por vezes é preferível manter a imagem de um amor doce e inocente, do que trazer o passado para o nosso presente e atormentar todo o nosso futuro, pensando que foi mais um erro cometido.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Consumismo....

Sou uma verdadeira crente do destino e acredito numa frase que me foi dita a uns anos e que me marcou profundamente…” o tempo de Deus não é o nosso! “
Uma simples frase como esta, para os mais atentos, pode também marcar uma vida.
O ser humano é de natureza insatisfeita e quer sempre a realização dos seus desejos futuros…para ontem!
Não conseguimos nos satisfazer com bens materiais, que a nosso ver são sempre poucos e embora sejam postos a um canto algum tempo depois de adquiridos, nunca nos satisfazem verdadeiramente. Após a aquisição de um, já estamos a planear a compra de um próximo.
Todo esse materialismo é mais fácil devido a facilidades comerciais criadas para o efeito, onde facilitam o pagamento a uma taxa de juro a qual preferimos nem fazer contas. Afinal, pagando aos poucos isso nem se nota.
Quantos de nós compra o que realmente deseja e que esta ao nosso alcance?
Penso que a minoria o faz, enquanto que as grandes massas se deixam levar pelas modas e não querem se sentir diminuídas perante as restantes.
Depois temos aquele tipo de consumidor que ao saber que o vizinho foi passar ferias ao Algarve, o outro diz que foi as Ilhas Seychelles para não se sentir inferiorizado, mas nem saiu do Seixal.
Tudo o que queremos tem um tempo certo para acontecer.
Se fossemos mais humildes e em vez de olhar tanto para o que os outros têm e lutar mais para ter harmonia, talvez não fosse tarde para ver que certos sonhos já passaram por nós.
Nunca é tarde para sonhar, mas para atingir alguns desses sonhos é necessário ter os pés bem firmes no chão e não nos tentarmos iludir em manter aparências impossíveis. Muitas das quais ao abrir a carteira, as traças batem as asas de alivio por poderem respirar!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Gritos mudos por entre a multidão

É incrível o quanto nos podemos sentir sós no meio de uma multidão.
Os corpos e as peles tocam-se, os olhos cruzam-se e ninguém nos vê!
Podemos gritar loucamente numa sala rodeados de pessoas e mesmo assim ninguém nos ouve.
Podemos falar durante todo o dia e nunca dizer nada.
Podemos ter sempre um sorriso nos lábios e desfazermo-nos em lágrimas interiormente.
Podemos nos levantar todos os dias e lutar, continuando a não conseguirmo-nos erguer.
Andamos ou conduzimos com pressa, reagindo mal a que passa por nos ainda mais apressado.

Todos com pressa de chegar ao destino onde não se encontra nada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

The best....

Longe do facto da minha inspiração estar em declineo, pensei vos deixar um texto do mais vendido Best seller de sempre... a Bíblia

" é por isso que vos digo: não vos preocupeis quanto á vossa vida, com o que haveis de comer , nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir, pois a vida é mais que alimento e o corpo mais que vestuário.
Reparai nas aves , não semeiam nem colhem, não tem despesas, nem celeiro e Deus alimenta-as.
Quanto mais não valeis vós do que as aves! E quem de vós, pelo facto de se inquietar, pode acrescentar um côvado á extensão da sua vida? Se nem as mínimas coisas podeis fazer, porque vos preocupais...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nos tempos de antigamente…

Concentrados nas modernices e futilidades dos dias de hoje, quantos de nós se recorda dos bons velhos tempos?
Quantos de nós deixou de se concentrar na correria diária que muitas vezes nos leva a uma casa que na realidade não podemos chamar de lar?
Quantos de nós parou no jardim e se sentou junto de um idoso, apenas pelo prazer de ouvir da sua boca, cada página da história que representa a sua vida?
Algures no tempo, esse idoso foi um membro activo da sociedade, que hoje teima em esconder e ignorar a sua existência!
Esquecemos que num futuro próximo seremos nós na sua posição e seremos nós que não teremos ninguém com quem partilhar lembranças e experiências vividas que hoje tanto nos fazem lutar.
Quantos de nós sabe a cor escandalosa do primeiro fato de banho da nossa avó, em que mostrar meia perna a fazia corar e sentir-se desnuda?
A quem deu o seu primeiro beijo, numa aldeia sempre atenta aos galanteios dos jovens que hoje ignoramos?
Amanhã seremos nós.
Palavras essas que tanto ferem como acarinham, podem trazer as mais doces recordações a muito já esquecidas.
Quando estivermos na sua posição em que sentimos que só damos trabalho a alguém ou estivermos abandonados num lar, é que vamos valorizar o tão importante é uma palavra amiga.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

As minhas Musas....

Dedicado as minhas musas…

Elas são a fonte da minha inspiração diária, mesmo quando me sinto o fungo mais insignificante no fundo de um pântano. Elas conseguem me mostrar que até mesmo, o que pensamos ser insignificante, é sem dúvida fundamental para completar um ciclo de vida.
As minhas musas têm me dado a força que há muito tinha perdido e completado parte de um vazio que sentia dentro de mim.
Todos os dias aprendo e acredito que na verdade…nada sei! Devemos ter a humildade de saber estender a mão e saber aceitar ajuda quando é necessário. Tanto pode ser um prato de sopa, como uma palavra amiga ou simplesmente um abraço. As minhas musas também são aquelas que me sabem repreender e chamar-me á razão.
Nestes últimos anos, tenho aprendido muito e vejo que a idade não significa maturidade e sim a experiência de vida. Isso sim, a meu ver é a verdadeira sabedoria. Saber partilhar alegrias e tristezas tentando passar uma mensagem ao contar a sua experiência.
Quando me refiro a elas, refiro-me a mulheres de armas que tenho conhecido. Verdadeiras guerreiras nos dias de hoje, portadoras de verdadeira valentia.
A todas elas dedico o meu agradecimento e o reconhecimento da coragem e da cruz que carregam diariamente, sempre com um sorriso nos lábios e uma palavra amiga.
Sem elas a minha vida não teria o mesmo sabor.

Muito obrigada!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A familia...

Quantos de nós se sente satisfeito com a família que tem?
Quando temos o poder de escolha, verificamos que a família é sem dúvida daquelas coisas que não tivemos qualquer poder de decisão.
Já dei por mim a pensar…caramba, no meio de não sei quantos milhões de espermatozóides, tive de ser eu a azarada armada em xica-esperta a chegar ao óvulo!
A família não se escolhe, sendo a principal responsável pela nossa educação ou falta dela.
É a causa das nossas melhores ou piores recordações de infância. Responsável pelo equilíbrio emocional, força de carácter e valores morais. Estes são os principais alicerces que iram definir a nossa vida futura e bem-estar interior. Se bem que também há que olhe apenas para o seu umbigo e passe por cima ou por baixo seja de quem for para atingir os seus objectivos.
Eu fiz a minha escolha muito nova.
Já que não tive a possibilidade de participar na escolha da minha família, resolvi que também não deveria ser obrigada a fazer parte dela.
Desde muito nova e ainda mal tinha completado a minha adolescência, tornei-me órfão de pais vivos e filha única por opção.
Não me entendam mal, mas de facto ainda hoje sinto que foi a melhor decisão que tomei na vida.
Actualmente, tenho algumas pessoas que fazem parte da minha vida e que as vejo como a família que nunca tive e que nunca fez nada por mim.
Um dia todos serão recompensados aos olhos de Deus.

Obrigada.

domingo, 18 de julho de 2010

O silêncio!

Nem sempre quando as pessoas são reservadas é sinal e que algo está errado!
Por vezes o silencio é uma arma de defesa contra quem nos rodeia e de quem amamos.
O facto de um casal estar junto e um deles ter dificuldade em se exprimir, não significa obrigatoriamente que tem algo de errado ou que está a trair a confiança criada pelo casal.
O facto de não contar, por vezes doí. É um facto. E cria, sem qualquer duvida, inseguranças de que espécie for numa mulher, por exemplo.
Quando criamos barreiras ao ponto de nos tornarmos reservados, é difícil quebrar o circulo.
Normalmente não passa de uma arma de defesa, como acima indiquei. Seja por que motivo for, penso que o mais comum é pelo facto de já termos sido tão criticados ou magoados que preferimos guardar para nós mesmos certos pensamentos.Este tipo de atitude acontece mais aos homens, as mulheres são mais expressivas. Isto também pode significar que ao optar por este tipo de atitude, estamos a proteger quem amamos, por achar que essa mesma pessoa não merece ser alvo de criticas negativas ou ciumes infundados.
Poderei exemplificar com relações de mães que, embora eu entenda, vejam as namoradas dos seus filhos como potenciais rivais. Não podem rivalizar com este tipo de relação, pois são amores diferentes e ao rivalizarem, acabam por afastar os filhos em vez de os aproximar! É uma má estratégia! Embora também aconteça o contrario, em que as namoradas os afastam das mães. Má estratégia, continuo a dizer!
Temos que nos tentar aceitar, embora saibamos que não é fácil cair de amores por todos os que nos rodeiam. Há sempre uma ovelha ranhosa algures...

É importante aceitar as pessoas como elas são, com defeitos e qualidades.
Pensem nisso, podemos criar um Mundo melhor...
Vou de férias, regresso em breve!

sábado, 17 de julho de 2010

A partilha.

Mais uma vez a vida prova que ainda devemos manter a esperança e olhar para o futuro com um sorriso nos lábios.
Ontem quando partilhei convosco que todas as boas acções deveriam ser partilhadas de forma altruista. Hoje mais uma vez tive a prova que a bondade acaba por ser sempre recompensada.
Claro que tudo se torna fácil num local de trabalho onde as pessoas são tão doces como o mel e cada dia que passa é um prazer trabalhar ao lado delas.
Hoje recebi três noticias excelentes e das quais não esperava. Mais uma vez, sinto que ao partilhar as minhas alegrias, recebo mais alegrias de volta!
Peço aos leitores do meu Blog que partilhem as vossas alegrias. A vida já de si é difícil e complicada. Ao partilhar algo de tão positivo, pode dar um pouco de esperança a quem está do vosso lado. Trazer um pouco de alegria... partilhar um sorriso.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nem tudo é negativo!

Nem tudo o que nos acontece na vida é negativo.
Não me vejam como uma pessoa amarga ou cinzenta!
Por vezes quando menos esperamos, recebemos um telefonema de alguém distante com quem já não falávamos a anos ou recebemos uma pequena dádiva inesperada.
Sempre que algo de bom me acontece, sinto uma grande vontade de retribuir ao Mundo algo de positivo. Sinto que para alem de agradecer a Deus a alegria que me deu hoje, deveria fazer o bem a alguém apenas porque tive uma alegria inesperada.
Porque não fazemos todos o mesmo?
Eu sinto prazer em retribuir algo, até mesmo quando não tenho estas pequenas alegrias.
Por vezes o partilhar e saber que fiz alguém sorrir com prazer, já me faz sentir feliz.
Deveríamos agradecer cada sorriso que damos e cada alegria que recebemos.
São pequenos gestos e pequenas atitudes altruístas que nos fazem felizes no dia a dia.
Se não fossemos tão egoístas, podia-mos ver que o céu é realmente azul e que o mar tem aquele azul que nos faz tão bem a alma!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Amizade?

Nos dia de hoje, torna-se complicado chamar alguém de amigo.
Podemos conviver com alguém durante toda a nossa vida e nunca conhecemos verdadeiramente essa pessoa. Há um sentido irónico da vida que me faz rir, quando alguém diz que conheço-o ( a) como a palma das mão, ou que podia por as mãos no lume por esta ou aquela pessoa que não se queimava.
Esse tipo de comentários até estupidifica uma pessoa...
Como é que é possível alguém pensar assim, se nem mesmo quando se esta casado com alguém trinta ou quarenta anos, conhecemos realmente a pessoa?
Quantos de nós mostra o que é na realidade? Ninguém!!!
Quantos casais tem uma vida dupla que o cônjuge nem sequer imagina a falsidade com quem divide a cama? Há tantos membros da sociedade que se escondem por detrás de uma sexualidade ou imagem moldada pela sociedade que acabam por contradizer a sua própria natureza.
Quantos de nós mostra o verdadeiro ser que temos no nosso intimo? Todos temos algo a esconder dentro de nós, que por algum motivo, é criticado pela sociedade em geral.
Quantos de nós tem uma fantasia ou uma realidade demasiado cruel para ser partilhada?
Quantos de nós é realmente....quem realmente é?
Será que existe alguém?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O caminho.

Hoje deixo apenas algo para pensar...

Quando alguém encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados.
As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.

Paulo Coelho

sábado, 10 de julho de 2010

Um tempo que não é o nosso...

Hoje mais uma vez, regresso ao blog na esperança de poder partilhar algo convosco.

Quantos de nós, alguma vez na nossa vida, não sentimos que estamos deslocados?
Seja num tempo que não é o nosso...
Numa profissão da qual não gostamos ou até mesmo num corpo que não nos pertence?
Quantos de nós algum dia, olhamos para o espelho e...nem nos reconhecemos?
Olhamos e vemos que estamos presos num corpo que não é o nosso. Seja pelas formas que a sociedade teima em impor, onde a elegancia se confunde com a beleza esqueletica ou até mesmo por ser uma mulher presa corpo de um homem ou mesmo o contrario?
Quantos de nós está realmente feliz ao ver-se ao espelho?
Quantos de nós alguma vez fez algo para mudar?
O ser humano tem a tendencia a criticar ou até mesmo invejar o que não pode ter. Mas porque não podemos ter o que queremos?

A razão é simples...não temos força de vontade suficiente para criar algo. Sempre é mais facil desejar o que não temos.
Nos dias de hoje, até o impossivel se torna possivel com força de vontade.
Hoje reina o comodismo social!

O facto de nos sentirmos bem na nossa própria pele, iria sem duvida alterar em muito certas coisas da sociedade onde vivemos.

Aprender a aceitar-nos e aceitar os outros é sem duvida um grande passo a tomar.

Todos temos telhados de vidro...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Partilhem as vossas ideias...

Patanisca

A margem da sociedade.

Ja a algum tempo que a vida me tem pregado algumas partidas e finalmente, parece que estou a aprender algo.
Em tempos, fui alguem que sorria para a vida e não se preocupava muito com o dia de amanhã. Passou muita gente na minha vida, mas foram poucas as que ficaram até hoje.
Fui louca, dei-me a toda a gente e não me entreguei a ninguem. Confiava quase cegamente nas pessoas que me acompanhavam e isso só me mostrou o tão ingenua eu fui.
Nos dias de hoje e após um declinio continuo da minha "sanidade mental", cheguei a uma conclusão que gostaria de partilhar convosco.

Há uns dias a conversar com um amigo, partilhavamos a mesma opinião. Cada vez mais nos estamos a manter " A margem da sociedade".
Uns por causa das suas opções sexuais e outros pela falta de confianca que se cria nas pessoas que conhecemos.

Já verificaram bem que para manter uma amizade nos dias de hoje é necessário ter algo para cativar as pessoas? E não me refiro a qualidades na nossa personalidade. Refiro-me a algo que sirva de troca em caso de necessidade.
Hoje para se ter algo temos que dar algo em troca. Foi esse o motivo pelo qual pensei que seria util criar este Blog.

Cada vez mais, pessoas como eu, nos fechamos mais em casa e tentamos evitar gente que para se sentir vivo, sente necessidade de falar e criar mau estar aos outros. Hoje o cinismo é a arma mais utilizada pela sociedade. É a arma que eu mais tento evitar.

As palavras também matam e ferem tanto como algumas das armas mais letais. Criam-se abismos intransponiveis e barreiras ao nosso redor que com o tempo, nem nós próprios conseguimos vencer.