terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cinismo a quanto obrigas....

Por vezes pergunto-me se ainda existe algum tipo de lealdade entre as pessoas.
Olho em redor e apenas vejo como o cinismo consome descaradamente as pessoas.
Já ninguém tem uma personalidade que não se venda? Todos lidam uns com os outros com a finalidade de lhes tirar algo ou até mesmo informações para que depois o usem em seu benefício?
É esse cinismo que consome e ao qual não sabem negar, tornando-se viciante!
É a cultura actual que não diferencia familiares, relações, trabalho ou até mesmo quem passa por nós. É mais fácil ceder ao cinismo, que sofrer as consequências de uma personalidade vincada mas tolerante de acordo com as situações que surgem. Mas nunca se vendendo. Confiando na primeira impressão e até mesmo na intuição.
Olhando em redor, vemos apenas que a sociedade continua cada vez mais pútrida e fétida.
Chego a agoniar-me só de olhar para algumas pessoas, que nem conseguem lidar bem com a felicidade dos outros.
Acordem para a vida! Que é mais do que bens materiais e estatuto!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cinismo e infantilidades

Certamente já vos aconteceu e sempre que me apercebo de alguma situação semelhante, até me revolta as entranhas.
Cinismo no local de trabalho.
Elementos que querem se vangloriar ou querem apenas ser o centro das atenções, não se incomodam minimamente em pisar quem quer que seja. Mas o que pode parecer discreto, nem sempre o é. O que quero referir é que, há quem esteja atento e se aperceba do que se passa em nosso redor. Ainda hoje assisti a algo assim. Uma que quer sobressair e outra que aceita ser bajulada, ou seja, uma mera colaboradora hoje pode ter um cargo de chefia amanha, se souber pisar quem passa pelo caminho.
Murmuravam nas costas de alguém e até mesmo a fazerem caretas (como na escolinha), mas a inteligência dessas pessoas não chegou ao grau que se esqueciam que tudo se vê num reflexo de um vidro. O problema é precisarmos de trabalhar com gentinha desta e temos que nos sujeitar a viver rodeados de vermes em forma de gente. Talvez seja eu o problema, por não ter a capacidade de atingir a categoria de cínica. Mas acreditem que prefiro me ver ao espelho diariamente e não sentir vergonha ou ter problemas de consciência.

domingo, 15 de maio de 2011

Estranha forma de vida

O apoio é algo de muito importante quando a nossa vida é composta por poucas pessoas.
Por vezes, é nas pessoas que menos esperamos, que vamos acabar por encontrar um elo que nos liga a uma singular experiência de vida. A nossa vida é muito similar com as restantes que conhecemos. Todos temos tristezas e alegrias, desesperamos ou lutamos, como se a vida nos fosse fugir pelos dedos. A intensidade das feridas muda de acordo com a experiência acumulada ao longo da nossa vida. A vida é basicamente igual, apenas muda de moldura.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A moldura da vida

Sonhos, ambições, desejos carnais ou não. Todos queremos algo da vida, esta que passa tão rapidamente e nem sempre a valorizamos. Hoje somos saudáveis, temos amigos que prezamos e família que amamos. Damos mais importância a compromissos vários, os quais achamos que são inadiáveis Deixamos sempre para depois, estarmos com os que amamos de verdade.
E como será o amanha? Ninguém o sabe verdadeiramente. Fazemos planos, idealizamos o dia que se segue, passamos tempo futilmente, não tememos criticar alguém que passa por nós, se a ideologia de vida não é conjuga com a nossa.
Assim sendo, sugiro que, ao em vez de uma critica com malícia, surja um sorriso. Ao invés de um compromisso, se dê prioridade ao que é realmente importante. Nós mesmos. Estar com quem nos pode fazer feliz, nem que seja momentâneamente.
Esquecemos de olhar o céu, olhar o mar e apreciar o seu odor. Sorrir ao ver uma flor crescer no local mais improvável ou inóspito. Quando deram a vossa ultima gargalhada? Quando é que olharam para vós próprios num espelho e apreciaram o que realmente são? Somos belos, mesmo que não seja possível exteriorizar a forma como gostaríamos de ser vistos.
A vida é o que fazemos dela. Nem sempre a moldura é a mais bela, mas afinal o que é realmente importante é o seu conteúdo.

sábado, 16 de abril de 2011

Embalagem ornamentada.

Vejamos o nosso corpo como uma embalagem. Há embalagens tão bonitas e diversificadas que nos deliciam. Existem grandes ou pequenas, estreitas ou largas ou até cujo a forma nos faz rir de troça. Também existem as que são tão bonitas que desejamos ter só para nós ou secretamente e no entanto, também as há que nos provocam um sem número de sentimentos contraditórios. O que pensam quando olham para a embalagem que vós cobre? Gastamos fortunas a tentar manter a embalagem bonita, desejável e outras vezes não há dinheiro que nos permita fazer um embrulho atraente. No entanto, esquecemos que o mais importante, não se resume ao que se gasta a embelezar essa tão especial embalagem que somos. Não existe dinheiro neste Mundo,  que nos permita embelezar o nosso interior. Por fora expomos a forma como gostaríamos de ser reconhecidos e por dentro dessa mesma embalagem pode ter o seu conteúdo vazio, fútil e sem qualquer interesse. Pode ser putrida e fétida ou ser a mais bela das jóias. Pode ser a pérola mais pura ou o diamante cuja lapidação é simplesmente perfeito. Não devemos julgar um presente pela sua embalagem. Por vezes quanto mais simples é a embalagem, mais belo poderá ser o seu conteúdo. Embalagens muito ornamentadas, podem nos predispor ao erro, criando uma expectativa do seu conteúdo. Após aberta, constatamos que não passa de uma desilusão, preferindo até desejar nunca ter aberto a dita embalagem, conservando a ilusão do que poderia estar no seu interior.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Perdida

Sinto-me perdida num tempo que parece não ser o meu.
Vejo-me no meio de gente que nada me dá de seu.
Sinto-me sem alegria,
pasmada ou mesmo aflita,
por não encontrar o lugar que deveria ser o meu.
Ninguém me prende e nada me agarra.
Estou somente de passagem,
pouco falta para saltar à outra margem.
Como bola atirada ao espaço,
sem rumo,
sem meta,
sem nada.
Somente linha traçada com direcção ao final desta viagem.

Este texto foi escrito quando eu tinha 19 anos. Encontrei-o perdido entre dezenas de pensamentos que escrevi ao longo de anos.

Resumo da vida

Pedras,
cimento e cal.
Trabalho de sol a sol, sem ver o céu.
Tudo isto para chegar a uma ponte congestionada
em direcção ao nada.

A virtude

A virtude é o primeiro titulo de nobreza.
Eu não presto muita atenção ao nome,
desta ou daquela pessoa,
mas sim nos seus actos.

Amazónia.

Algumas pessoas acreditam que, quando se queima uma árvore,
dela se libertam as cores da sua criação.
Assim, nos seus troncos em chamas,
o vermelho de muitos poentes,
o roxo das madrugadas,
o prateado do luar e das cintilações das estrelas.

Beijo - Poema de Olavo Bilac

Foste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior...Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! e anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto....

domingo, 27 de março de 2011

Poema de Vinicius de Morais

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

domingo, 13 de março de 2011

Obituario.

Lembrem-me como aquela que lutou, que sorriu e que amou.
Lembrem-me como aquela que sempre esteve presente quando alguém a procurou.
Lembre-me como aquela cujo a dor nunca mudou.
Lembrem-me como aquela que sempre vos amou.

O espelho.

Vejo-me ao espelho e não me reconheço. Serei eu um fruto da minha imaginação?
De quem é este corpo que vejo ao espelho? De onde surgiu esta carapaça que trago sobre o corpo e esconde quem sou? Este, decididamente, não sou eu.
Há que olhe para si e fisicamente não se reconheça, tanto por ter um peso acima do que é considerado saudável e que o priva de simples movimentos, que os restantes fazem sem pensar ou sentir dificuldade, seja por não se reconhecer a anatomia que lhe foi dada ao se formar num ventre.
Não temos que aceitar o que vemos, porque o que nos define não é o que somos e sim o que fazemos. Hoje em dia podemos ter a ajuda da ciência até mesmo para mudar de sexo e nesse sentido, devemos lutar para sermos o que os nossos olhos vêm no outro lado do espelho.
O meu corpo é o meu templo ou o meu túmulo, depende apenas de mim decidi-lo.

Falta de consciência sobre nos mesmos.

A falta de consciência sobre nos mesmos, pode nos levar a uma auto desvalorização consentida.
O que significa que por vezes acordamos e nos observamos num reflexo de um espelho, pensamos…mas que raio é que eu ando cá a fazer?
A vida nem sempre faz sentido e por vezes pensamos que, se todos têm uma razão para andar neste Mundo, qual é o meu?
A verdade é que, por não nos valorizarmos não conseguimos saber o significado que temos para quem nos rodeia. Podemos até ser uma força motivadora que desconhecemos ou até mesmo ser-mos motivo de exemplo para a vida de outras pessoas.
O dia a dia que vivemos ou sobrevivemos, transforma-nos em seres mais fortes e quem nos tem acompanhado nas adversidades da vida e nos conhece minimamente, consegue ver isso. Mas não nós.
Já pensou em quantas pessoas a sua vida pode ter inspirado?
Quantos sonhos ajudou a realizar?
Quantas pessoas olham para si diariamente e o/a admiram ou invejam secretamente?
A falta de consciência sobre nos mesmos, não nos ajuda a olhar mais além. Criamos um espírito derrotista e vazio, ao contrário de nos olharmos ao espelho diariamente e mesmo que não gostando de quem vemos, podemos realmente admira-lo.

domingo, 6 de março de 2011

O suborno social

Ocupada com os tempos da minha mudança, não posso deixar de observar o que me rodeia.
A sociedade é continuamente subornada e a plena consciência desse facto ainda faz com que o sistema não possa ser contornado, porque as vezes até o fazemos de forma inconscientemente oportunista.
Podemos subornar em todos os locais, até mesmo nos mais inesperados.
O local de trabalho é sem duvida onde se pode visualizar mais situações, até porque nem sempre nos concentramos propriamente no trabalho em si, mas no que se passa ao nosso redor. Existem pessoas que por terem objectivos tão definidos, ultrapassam a barreira do cinismo puro e da decência. Apesar de saberem e verem tão bem como eu, gostam de ser seduzidos!
Esse suborno social é utilizado intencionalmente com o objectivo de obter algo que queiramos. Faz-se um sorriso ou uma insinuação ao chefe, para se obter mais atenção da sua parte e consequentemente obtém-se algumas regalias que por vezes se vêem reflectidas no recibo de vencimento. O vestuário nem sempre apropriado ou alguma exposição carnal também ajuda.
Quando queremos agradar ou “seduzir” intencionalmente com uma finalidade, usa-se este tipo de suborno.
Faz-se charme numa fila com o objectivo de passarmos a frente, usa-se a sedução num agente policial por alguma infracção cometida com a esperança da coima ser mais suave ou até mesmo perdoada. Até compactuamos com alguém que não gostamos, porque sabemos que é preferível não ter essa pessoa contra nós e até mesmo quando vamos a um local solicitar esclarecimentos ou algum tipo de informação, e que nos convém que o funcionário nos atenda com o mínimo de profissionalismo.
A verdade é que tal como usamos essa forma de suborno, também nós somos suas vítimas.
Esquecemos, que como membros da sociedade actual, não temos forma de alterar essa realidade embora sejamos tão culpados como os que acusamos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A estrada.

Há pequenas mudanças que ocorrem na nossa vida sem que possamos fazer nada.
Algumas por culpa de algumas acções efectuadas de animo leve no passado e outras por não se possivel controlar o futuro.
È sem duvida, nestas alturas que constatamos como o ser humano tem capacidade de se adaptar a novos imprevistos e encarar novos desafios.
São estes novos desafios que nos fazem crescer e fazem de nós seres mais humildes, se formos dignos de aprender algo, com a situação que vivenciarmos.
Tenho ouvido muito a frase de que "...todos temos o destino traçado..." mas quantos de nós aprendemos com a experiência?
Vejamos a vida como uma estrada. Podemos ser cumpridores do codigo de estrada e ter um objectivo e respeitando quem nos acompanha, poderemos chegar em segurança ao nosso destino.
Depois temos os apressadinhos, que para chegarem primeiro a algum lugar, fazem ultrapassagem perigosa, têm acidentes, provocam a morte, tentam encurtar o caminho, metendo-se por caminhos de cabras, e até lá chegariam mais rapidamente ao manterem-se nessa estrada recta.
Todos temos o mesmo destino, independentemente das voltas que se possa dar.
Uns chegam mais depressa que outros, uns aprendem, outros não!
Mas ninguem deixa de lá chegar!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aprender a estar só e adorar!

Por vezes a barreira que criamos a nossa volta, vem de certa forma mostrar o que somos na realidade e o tipo de pessoas que temos ao nosso redor.
Hoje, acredito que me conheco muito melhor do que a uns meses atrás e sei que me sinto bem em estar sozinha. A sociedade pressiona de certa forma para que tenhamos companhia ou parceiro. Não fomos feitos para estar sós, isso é um facto. Mas como no meu caso, as minhas escolhas nem sempre foram as melhores. Culpava a minha constante carencia pelas más escolhas e neste momento aprendi a estar só e adoro. Estou a aprender a aceitar-me e a conhecer-me. Posso já estar reformada quando me permitir a mim mesma, poder partilhar o meu coração com alguem. Mas serei uma companheira mais saudavel, sem qualquer duvida.
Ninguem será culpado pelas minhas fustrações, inseguranças ou tristezas.
Mas a grande vantagem é, que ninguem me fornica o juizo a não ser eu mesma e acreditem que já o faço diariamente!
Agora só falta elevar a minha auto estima e depois...ninguem me segura!!!!!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Hello 2011

Olá caros leitores, estou de volta.
Por vezes a nossa situação profissional exige um pouco mais de nós e a disponibilidade para fazer tudo o que gostamos, torna-se dificil.
Este é o ano de 2011, o qual é tão esperado por muitos, por ser um ano impar. Segundo se diz, os anos impares são mais properos. Assim sendo espero que este seja bem melhor que 2010, que estive tentada a fazer-lhe o funeral mais cedo ( agora já entendo o estranho costume dos portuguese se vestirem de negro na passagem do ano).
Foi para muitos e para mim tambem, um dos piores anos que me recordo e estas coisas não são assim tão dificeis de esquecer, mesmo para que tem a caixinha de fusiveis toda queimadinha como eu.
Espero honestamente que este novo ano seja mais optimista e nos traga a todos novas oportunidades e mais prosperidade, que apesar de ser uma mulher cheia de curvas, estou farta de apertar o cinto.

Estou optimista!!!
Vamos ver por quanto tempo.....

Feliz 2011 a todos!