sábado, 16 de abril de 2011

Embalagem ornamentada.

Vejamos o nosso corpo como uma embalagem. Há embalagens tão bonitas e diversificadas que nos deliciam. Existem grandes ou pequenas, estreitas ou largas ou até cujo a forma nos faz rir de troça. Também existem as que são tão bonitas que desejamos ter só para nós ou secretamente e no entanto, também as há que nos provocam um sem número de sentimentos contraditórios. O que pensam quando olham para a embalagem que vós cobre? Gastamos fortunas a tentar manter a embalagem bonita, desejável e outras vezes não há dinheiro que nos permita fazer um embrulho atraente. No entanto, esquecemos que o mais importante, não se resume ao que se gasta a embelezar essa tão especial embalagem que somos. Não existe dinheiro neste Mundo,  que nos permita embelezar o nosso interior. Por fora expomos a forma como gostaríamos de ser reconhecidos e por dentro dessa mesma embalagem pode ter o seu conteúdo vazio, fútil e sem qualquer interesse. Pode ser putrida e fétida ou ser a mais bela das jóias. Pode ser a pérola mais pura ou o diamante cuja lapidação é simplesmente perfeito. Não devemos julgar um presente pela sua embalagem. Por vezes quanto mais simples é a embalagem, mais belo poderá ser o seu conteúdo. Embalagens muito ornamentadas, podem nos predispor ao erro, criando uma expectativa do seu conteúdo. Após aberta, constatamos que não passa de uma desilusão, preferindo até desejar nunca ter aberto a dita embalagem, conservando a ilusão do que poderia estar no seu interior.

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